• Conta do Sebrae-RJ atrai só seis agências. E uma já foi desclassificada

    A maldição da “proposta apócrifa identificada” fez mais uma vítima.

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    Agora, a agência Next Way, na concorrência pela conta do Sebrae-RJ.

    Repetindo o que aconteceu com as agências Chama e SG Propag, há menos de uma semana (!), na licitação pela conta do Governo de Alagoas, na pasta em que não podia haver identificação da autoria, a marquinha das ditas-cujas aparecia por lá.

    Ou seja, como em Maceió, não houve alternativa para a comissão de licitação no Rio que não desclassificar logo de cara a Next Way, sem direito a apelação.

    Com isso, vão seguir na disputa apenas as agências Artplan, Brick, Cálix, Nova e Onzevinteum, que se apresentaram esta segunda-feira, 19/02, na sede do Sebrae RJ, para entregar suas propostas criativas em pastas devidamente não identificadas.

    Esta Concorrência nº 01/2024 é aquela que o Sebrae-RJ, inicialmente, deu 10 dias para as agências se apresentarem. Com o registro dos protestos do mercado pela Janela (veja abaixo), a turma de marketing do órgão teve a grandeza de perceber o absurdo e dar mais prazo para as competidoras.

    A verba alocada pelo órgão do Sistema S é de R$ 12 milhões por ano, a ser gerenciado pela vencedora da atual disputa.

    A documentação pode ser acompanhada no site do Canal do Fornecedor Sebrae.

    ATUALIZAÇÃO EM 19/02/2024 ÀS 13:30H

    A comissão de licitação do Sebrae-RJ decidiu desclassificar também a agência Onzevinteum.

    A justificativa foi a agência ter apresentado uma de suas pastas com uma espiral menor do que o especificado nas regras da licitação. Segundo o item 1.2.1 do edital, “O material deve ser entregue em caderno espiralado, com capa plástica transparente e fechamento em plástico preto. A espiral deverá ser na cor preta e ter 20mm”.

    Estes excessos burocráticos teriam como justificativa padronizar as apresentações das agências, para não permitir a identificação da origem da proposta. O mesmo caso da obrigatoriedade de a pasta não ter o logo da agência.

    A Janela já se manifestou várias vezes contra estes exageros de padronização, por serem absolutamente ridículos e ineficazes em seus propósitos.

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    Imagine o leitor se a agência estivesse realmente mancomunada com um dos jurados, para que ele pudesse identificar seu material. O que faria mais sentido que ela dissesse:

    – “Olha, a minha proposta é que tem uma espiral com 18mm e não 20mm, está bem?”.

    Ou que avisasse:

    – “Olha, a minha proposta é a que tem todos os anúncios assinados com o tema ‘O Sebrae-RJ é lindo’, está bem?”

    Ou seja, espaço entre as linhas, tamanho de espiral, uso ou não de negrito é tudo apenas burocracia.

    Pode até, talvez, fazer sentido numa concorrência para tijolos, que não têm apresentação de proposta criativa. Mas não gera qualquer efeito prático na moralidade de uma concorrência publicitária.

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    LEIA TAMBÉM NA JANELA

    Sebrae-RJ reconsidera e dá mais prazo para a sua concorrência de publicidade (em 15/01/2024)

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    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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    Discussão

    1. Guilherme Castello Branco

      Ora, se algum jurado estivesse mancomunado com uma agência, não seria mais fácil a agência informa-lo do teor da campanha?
      Como vc diz, esse excesso de burocracia não tem sentido.

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